sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, noites afora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não conseguirás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro estranho o cheiro preciso dele.
Caio Fernando Abreu.

Nem eu entendo direito o que eu estou sentindo no exato momento. Na verdade, eu não entendo o que eu tenho sentido nos últimos tempos. São tantos pensamentos e sentimentos acumulados, que, talvez, eu nem consiga diferenciar um dos outros. E, talvez, eu nem consiga demonstrá-los, também.

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